domingo, 27 de junho de 2010

Vol. I / conclusão do bloco 2


.........Talvez fosse o movimento do trânsito ao redor que fizesse a fala de Heilmann ficar confusa, porém ele mantinha-se firme adiante, que justamente isso que Coppi tinha definido enquanto ilusão, enquanto produto de crescente-selvagem fantasia, para ele mantinha-se chão firme, então o pragmático, que estava ligado à regulações, seja para nós que já conhecemos o bastante, nós saberíamos que a obediência, a confiança enfraquecem sob uma condução superior sobre a nossa própria opinião, nossa faculdade de discernimento escapa à força, a promover inferioridade e impotência. Para nós é válido, ele disse, derrotar os padrões desde antes recebidos. Porém as palavras dele, que no ruído se perdiam, chocavam-se contra faces desconhecidas, se ajustavam a algum tempo novamente aos passos, que Hércules tinha seguido, desde o privilégio de alianças com o Olimpo até ficar ao lado dos terrestres, e aos poucos então nós poderíamos acompanhar as considerações, qual tipo de mudança Hércules realizou, quais erros ele enfrentou e, talvez, quais descobertas ele conquistou em suas viagens. A direção, que ele assim seguiu, estava desde o início predestinada, então contra as intrigas dos poderes ele se revoltou logo desde criança. Hera, a irmã e esposa de Zeus, por ciúmes, tinha apertado o ventre de Alcmena, deitada em contrações, engravidada pelo deus-pai, pois assim atrasaria o nascimento de Hércules. Aqui demonstra-se, disse Heilmann, a ruptura tornou-se a mais irreconciliável controvérsia, desde o ventre foi modelada a revolta contra a existência, e foi testada com intrigas e astúcias, ao receber o tradicional. Por aqueles dias, Zeus havia anunciado festivo aos Grandes [Deuses] reunidos a vinda de um novo soberano para o mundo, um que ele havia deveras prometido. O que ele queria dizer com isso era, como de hábito, aos Mortais insondável, à rainha do Céu porém pressentida catástrofe, então as conspirações da esposa dele foram suficientemente conhecidas por ele, e aqui se mostravam claramente em parte, de súbita inspiração, a formar-se a partir do desejo divinal, o que poderia abalar totalmente as veneráveis fundações. A partir de elevadas esferas estava deslocado o evento acima do plano terrestre. Mais auspicioso deveria nascer Anfitrião [Anfitrion, seria esposo de Alcmena], nobre de Tebas, descendente de Perseu. Hera, com passos aéreos, apressou-se aos aposentos de um outro eminente, também parente de Perseu, Estênelo, cuja esposa estava grávida, no sétimo mês, e com bebida ardente provocou este nascer prematuro, assim que, em lugar de Hércules, na hora assinalada, foi Euristeu empurrado para a vida. Superado, ao chegar atrasado, ele, a quem Zeus tinha escolhido para grandes ações, junto ao preferido de Hera, e Hércules era bem-formado, agarrou e golpeou o outro nos olhos, enquanto este ficava inerte e resignado, a ficar descorado. Nós devemos ver, disse Heilmann, o que surge a partir dessa rivalidade, no decorrer da qual o deformado chegou ao poder e o bem-formado e forte deveria suportar todas pragas e fardos. Invejosa, Hera perseguiu o crescimento do saudável, ao qual o berço comum logo não era mais suficiente, e ela seguiu até ele, em sandálias de ouro, que não marcavam o chão, banhada em ambrosia, com pesados pingentes nas orelhas e nos braços formosos duas serpentes, que a vida do rival deviam extinguir. A criança estendeu a ela, que se inclinara entre os véus contra mosquitos, as mãos como a uma carícia de afeto, ao contrário, vomitou-lhe na face e estrangulou as víboras. Enquanto Euristeu ainda débil gritava em sua almofada e a ama alimentava-o com cuidado, já Hércules cuidava do rebanho de ovelhas da fazenda de seus pais e alcançou junto ao povo da região uma primeira notoriedade, lá ele não apenas rasgou a garganta dos lobos invasores, mas também ao leão considerado invencível, que há muito tempo atacava nas vizinhanças do rebanho. Euristeu, seu primo, recitava, com voz lastimosa, poemas, e tocava desafinado a lira, no entanto, Hércules puxou de Linos, o professor que queria persuadir o aluno que a única liberdade a ser concedida seria a liberdade da Arte, o chapéu firme sobre os olhos, a quebrar-lhe o osso do nariz, e quando o mestre afirmou além disso, que a Arte seria para todos os tempos a apreciar independente das próprias confusões, ele colocou o mestre de cabeça-para-baixo dentro de uma fossa de estrume e afogou-o, para provar que a bela espiritualidade desarmada ao mais simples poder não pode resistir. As filhas [as Musas] de Mnemosine [Deusa da Memória], elas também do mesmo parentesco [filhas de Zeus], ele tinha logo outrora surrado, quando estas desejavam atrever-se. Sozinho, decidido em todas as questões da Dança, da Música, do Canto e da Poesia, ele aprendeu as canções, aquelas cantadas nas ruas, e as estridentes flautas de caniço, as ressoantes gaitas de foles, o retumbar dos tambores nas tabernas. Junto em andanças nos subúrbios detestados pelas Musas ele aprendeu a reconhecer a miséria, que havia nos barracos e porões de casas, e ele estava sempre meio aos servos e criadas, o humilde servidor, os diaristas, os mascates, que esfomeados e sugados foram por impostos tributos, enquanto acima na fartura da cidade havia carne, verduras e frutas, como também tonéis de vinho, e as arcas-do-tesouro, que estavam sempre cheias. Ele não queria acreditar que o terror, quando de seu exílio da sua cidade natal, Tebas, e que seria culpa do místico príncipe Ergino [rei de Orcômeno, que cobrava tributos dos tebanos], que ninguém tinha ainda visto, então por que arrotava e vomitava Creonte, o rei [de Tebas], com toda a sua corte, de tanta fartura, por que vestem as damas da nobreza a cada dia uma nova roupa, se havia sobre eles uma tirania, a exigir constantes tributos. A demonstrar que os de sangue nobre estavam isolados e sozinhos, que com falsa ilusão mantinha abaixo a massa ignorante de trabalhadores, enquanto a nobreza subornava e comprava os representantes e mestres, coagidos para a patifaria por ameaça de inauditos castigos, Hércules então se dirigiu à ilha do corte do mármore e buscou de lá uma comitiva de impor respeito. Aos escravos, os que tossiam lá sentados nas gamelas, os pulmões cheios de pó de pedra, não precisou ele muito esclarecer. Com estilhas de mármore na barba, com sílex entre os dentes, armados com suas serras e alavancas, eles o acompanharam, e aos vigilantes antes de plantão, arrebatados, ao assombro à respeito da questão, por que isto não havia acontecido antes. Com os libertados Hércules marchou em Tebas e espalhou a informação de que ele havia esquartejado Ergino e lançado aos corvos para ser devorado. Ainda antes que ele invadisse a fortaleza do rei [Creonte], na cidade ressoavam cantigas, cotidianas, rimadas com precisão, em melodias compostas, daquelas que ficam registradas nos ouvidos, de como fragmentou o inimigo mortal e espalhou seus membros em todas as direções cardeais e de como Tebas foi finalmente libertada. Aí nem Creonte, ainda com seus astutos filósofos e sacerdotes, o monstro que sobre eles tinha reinado, poderiam mostrar, antes ser celebrada a Hércules a alta posição, e Creonte deu a ele por casamento a filha Mégara, distribuiu para o povo comidas e bebidas, e durante três dias celebraram em festas e abriram os portões de alguns depósitos de trabalho. O rei e todos os dignitários vieram para ouvir Hércules, que ele seja o melhor, o mais forte, que realmente a ele o status seria garantido, que o débil e inferior Euristeu que a ele tinha roubado, e ao mesmo tempo, porém eles manobravam diante dele nascido no trono de Micenas, de onde ele enviou tropas pesadamente armadas sobre a terra, a massacrar os camponeses revoltados e a capturar os escravos fugitivos. Este foi a época da demência de Hércules, disse Heilmann, enquanto nos encontramos no pavilhão do mercado central, junto aos caminhões carregados até encima de caixas e engradados. Ele [Hércules] não notou, fascinado pelo charme de Mégara, que a guarda de segurança dele foi morta e enterrada, nenhum aviso de alerta atravessou os muros do castelo até ele, e quando ele pela primeira vez, na ocasião, em vestes de seda, atravessou os portões para a cidade, na qual, como ele julgava, a época da prosperidade havia chegado, ele encontrou apenas mendigos e crianças furiosas, e as pedras atiradas contra ele, e alguns artesãos ao passarem transmutaram-se, quando ele os chamou, dele se afastaram. Um único momento de desatenção pôde anular todo o alcançado, e então passaram-se meses, talvez até mesmo anos, os quais ele tinha gastado inativo, contudo, tinham sido usados pelo adversário, melhor armado, quando antes havia o Estado, e com isso, não deveriam se repetir os ataques-surpresa. Também os autores da Corte tinha já aprendido e, na dialética das ruas, criado uma poesia de escárnio, cujo tema era Hércules enganando os pobre, com grande discurso dele, a vã-glória dele, enquanto Euristeu, o Sábio, o Escolhido da Graça dos Altos Deuses, em muitos versos fizera votos de seu amor paternal ao povo. Às pessoas, das quais se diz o que elas sempre precisam, o que elas acreditam, o que elas podem venerar, estas foram para os espaços abertos onde se exibiam os desfiles, como se fosse uma festa para os olhos, com os carros de batalha, elmos com penachos, estandartes, e os discursos em alta voz a darem uma expressão de esperança, de que os conspiradores, que colocaram no caminho aquelas renovações, haviam sido removidos, e o Regente deseja que os cansados e famintos saibam que ele se preocupa com eles e deles se compadece, e com silente assombro os ouvintes descobririam que o que foi imposto sobre eles era uma situação de emergência. Como poderia Hércules ter lido com isso, nós nos perguntamos, junto ao canal, encostados ao fuliginoso parapeito-de-ferro, com arrebites salientes, branco-manchado de merda das aves, que antes estiveram lá, enquanto a ele o Iniciado a seguir adiante, tendo acreditado que uma ação isolada poderia ser suficiente como um exemplo, como uma revolução a ser alcançada. Ele uivou de ódio, disse Heilmann, ele ficou furioso em seus aposentos, menso por ter sido derrubado, pois ele sabia resistir, mas antes porque por causa dos inumeráveis outros, os que eram mais fracos do que ele, e sem influência, tinham sido deixados no sofrimento. Antes que ele insistisse na luta a empunhar as lanças, que a ele rodeavam, assassinou a esposa e também as crianças, que a mulher lhe dera, todos, a ele ligados, a eliminar todo parentesco, sem qualquer reconciliação, e nós até entendemos a fúria dele, quando desfilam marchando ruidosa uma tropa de sinistros coveiros, com caveira nos quepes [as tropas SS]. Porém, nós não entendemos porque ele, então, se enrolou num saco, coberto de cinzas, a seguir rumo a Micenas, para se submeter a Euristeu. Ele [Hércules] se humilhou, em desculpas, disse Heilmann, ele aceitou todo tipo de humilhação sobre si mesmo, pois era necessário que ele suportasse. Ao contrário de sofrer em câmaras de torturas, que já estavam prontas para ele, antes oferecera seus serviços aos monarcas e seguiu ao lado destes, que se vangloriavam de serem aliados, rumo a uma série de trabalhos cheios de perigo [os doze Trabalhos de Hércules]. Ao perceber suas falhas, nos mais variados lugares do país, ele voltava-se para um longo plano, com o qual esperava vencer este sistema do ressentimento, da dominação e do assassínio, mantido por Euristeu, com a ajuda de Hera. De início, não foi evidente o que os seus Trabalhos pretendiam, e é uma incerteza que se tem nas Sagas, sobre ele tão propagadas, preservadas até os dias atuais. Os eruditos deram, com reduzidos informes conhecidos, que Hércules, diante de Euristeu, colocara a sua vida em jogo ao redor do país, e depois em distantes regiões, a remover focos de revoltas e hostilidades. Os fabulistas nos mercados enfeitam com detalhes os Trabalhos do Enviado. Acima, a nordeste, em Nemeia, ele havia matado um leão, quando o agarrou por trás, a perfurar suas narinas com os dedos polegares e indicadores, enquanto o punho direito golpeava a boca aberta até o fundo da goela. Com a pele da besta, ele fez um manto, cujas pernas se cruzavam no peito, a bocarra aberta sobre a cabeça, e ele seguiu além , rumo ao sul, para o pântano de Lerna, onde habita a Hidra de nove cabeças. Assim soube-se que no réptil, ao ter a cabeça cortada, cresciam duas outras novamente, tal foram narradas no Basaren [local de Berlim, com basares e feira pública] logo dispersas sobre Hércules, das quais nos valemos, com sua grande foice escura, como se diz, e seguiu em frente, como se fosse apenas uma jibóia. Ele não seria Hércules, dizem, se ele findasse um plano sem vitória. Com um tronco em brasa ele queima, após cada golpe, no toco do pescoço da Hidra, e assim impede a regeneração. Os ouvintes meneiam a cabeça, incrédulos, e fazem estalos com a língua. Porém quando Hércules então dos montes Erímanto veio com um javali capturado, um imenso animal a espumar de fúria, levantado seguro pelas patas traseiras, a adentrar o palácio e a sala do trono, onde o rei enviado dos Deuses tremia de medo dentro de um vaso de argila, foi mesmo necessária uma boa gargalhada, e muito se começou a antecipar ao que Hércules pretendia. Desde então aumentou a fama dele novamente para aqueles que já o tinham dado por esquecido, e é dito que ele seguiu para o Lago de Estínfalo, para eliminar as aves monstruosas, que eram uma peste naquela região, lá aninhadas acima das plantações, assim nas narrativas das crianças, enquanto ele atirava no ar, com movimentos rápidos-fulminantes, as flechas agudas, logo triunfante sobre os montes de vítimas cheias de penas aniquiladas. Com efeito, muitos eram os estragos que as aves causavam, invadindo os rebanhos, mas tudo veio em vantagem dos senhores da Corte, que faziam tudo para rivalizar com Hércules, ao explorar as regiões além do arquipélago [de Micenas]. Logo irrompeu uma época de navegações marítimas, e descobertas revolucionárias. Enquanto dos Aristocratas seus pensadores a fazerem sempre grande esforço para descreverem as vantagens dos distantes Trabalhos de Hércules, do que falavam tanto quanto os que nada tinham, os sem-propriedades. Que novidade traziam sobre Hércules, perguntavam sempre, e assim orgulhosos dele, porque ele deixou de joelhos o touro que espirra fogo, amansou os cavalos comedores-de-carne-humana, derrubou o Gigante de três cabeças e ganhou a amizade de Atlas, e assim crescia a rixa com Euristeu, que , com os sussurros de Hera no ouvido, sempre tentava novamente perseguir o herói com os infortúnios, para fazê-lo fracassar. Foi na época, disseram os trabalhadores, que à noite no covil sentados juntos, que ele retorna, coisa que ninguém mais duvida, até Euristeu a deliberar junto aos seus latifundiários e generais, enquanto ele [Hércules] atuava junto às Amazonas, ou qual a razão dos pilares à beira do Oceano [os montes no Estreito de Gibraltar a ligar o Mar Mediterrâneo ao Oceano Atlântico], enquanto ele se demorava nos Jardins das Hespérides [à Oeste, rumo ao Poente]. Ele devia, foi o que respondeu, o mundo todo medir com os seus passos, determinar ao redor, onde havia supremacia hostil ou possibilidades para o livre desenvolvimento. No entanto, os trabalhadores se preparavam desde dias antes, quando ele novamente estivesse entre eles. Aos abusos dos mercenários eles mantiveram calma e sangue-frio. Eles juntaram piche em adegas comuns, para, no momento apropriado, poderem colocar fogo nos arsenais. Quando deviam construir novos muros ao redor da fortaleza do rei, eles cuidaram então em incluir passagens para uma marcha ligeira. Eles sabiam que Euristeu, insone, percorria seus luxuosos salões e lá fora dos muros ouvia o sussurrar da iminente chegada de Hércules. Agora era muito tarde para os superiores lamentarem a libertação de Hércules, enquanto ordenavam na base do chicote uma maior vigilância dos soldados, ou a distribuírem nas cidades as esmolas do Governo. O inquietar que se espalha não era de se negar por muito tempo, a segurança das elites privilegiadas foi minada, nenhuma prece ou concentrações de tropas podia mais coagir o povo à reverência. Ainda mais os torturadores se enfureceram, e as masmorras se encheram com estes, que arbitrariamente da inquietação eram suspeitos. Porém, onde os verdadeiros presos se sentaram, revelaram-se certa manhã, ao alvorecer, quando Hércules entrou em Tebas, em companhia de um cão gigantesco, junto do qual todos em gritaria, em suas casas grandes e sólidas rastejaram para debaixo das camas, enquanto que os que passam as noites nos casebres ou sob céu aberto, ficaram atentos e se dirigiram até Hércules, quando ele chegava ao som de alegre trombone. Desde antes, quando ao guarda infernal [o cão Cérbero] dera ordem para ser inofensivo, Hércules em ataque dentro da Estrutura-do-Mundo, até cantando, o puxara com facilidade para fora das profundezas terrestres, e o levou até a praça do mercado, onde os soldados tinham removido os balcões mais altos, e ele [Hércules] mostrou aos servos e as servas, aos trabalhadores-diaristas e artesãos, aos agricultores e pescadores que se ajuntavam, e a infantaria a descansar. Ali Cérbero, aos miseráveis vira-latas, que, em consideração a numerosa multidão, a cauda encolheu e começou a choramingar. Em uma gaiola, ele [Hércules] tinha trazido uma águia, também este uma proeminência no sistema de coerção e ameaça, ela que foi vista antes a atormentar os desafiadores, os audazes e os auto-conscientes, a devorar o fígado dos rebeldes, de novo e de novo, e estes todos já tinham fim, assim podiam ver os habitantes de Tebas. Eles viram, em quais ressecadas pernas sarnentas o domínio se mantinha por fraudes e mentiras, e quão lamentável a ave, que ainda há pouco imperava orgulhosa sobre Prometeu, agora em suas penas suspensas, o quão embotadas eram as membranas a recobrirem os perigosos olhos relampejantes. Ao fim, também nos sofrimentos para o forjamento do Novo, amplo ali em Tebas, em Micenas, para a Era de Justiça. Porém, os habitantes sucederam-se, isso queremos saber, a propagar tal convencimento, que os dominadores nos palácios, as residências dos patrícios, vieram de joelhos arrastados e a pedirem indulgência, sempre de novo, enquanto [os revolucionários] se mantinham em dúvidas e hesitações, não necessariamente uma traição, mas uma conservada tolerância, que dava oportunidade para uma defesa, e até uma contra-ofensiva [das Elites]. Então não houve paz, disso já tínhamos ouvido, pois começaram guerras piores que antes. Hércules, porém, já não cogitava de ficar do lado dos Escravizados, disse Heilmann, junto ao guinchar das rodas de um bonde [elétrico, trólebus] lotado, vindo da Alexanderplatz [grande praça aberta em Berlim], virou para a rua Rosenhaler, ele tinha elucidado que todos os adágios mágicos que encontrou, e dominado incríveis animais, e a quem qualquer mortal gostaria de ser igual. O tempo dele de aprendizado tinham passado, então tudo o que ele fez, seria marcado por imensas mudanças, e ainda conservava aliados, entre eles estava aquele que suportava a abóbada do Céu [o gigante Atlas]. Porém, disse Heilmann depois de um momento, quando passamos pelos fechados portais suportados pelo encurvado Titã, porém ele [Hércules] sofreria sob medonho tormento, nunca antes sofrido por ninguém, quando tentava arrancar a camisa com o envenenado sangue de Nessos [o Centauro] a queimar sua pele, e não conseguindo, na loucura da dor foi jogar-se numa sempre abrasante pira no alto do monte Oite.
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mais sobre os Trabalhos de Hércules
http://www.mundodosfilosofos.com.br/hercules.htm
sobre o desafio de Prometeu aos Deus
http://www.mundodosfilosofos.com.br/prometeu.htm
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LdeM



[pausa]

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